05 outubro 2007

A Expressão Em Pinceladas

Por Kleber Godoy
A Pintura está entre uma das mais subjetivas expressões artísticas e permeia a humanidade desde sempre. Ela é uma forma de expressar sentimentos, emoções, estados afetivos dos mais diversos, ora conflitantes e ora convergentes. Incluindo sempre a personalidade do artista, assim como a época histórico-cultural em que ele está inserida.

O primeiro texto que é colocado abaixo fala da influência da natureza na obra dos pintores. Influência esta que eu entendo como algo visual que despertou naquele ser um movimento interno, levando-o a expressar para o exterior tal afeto. Dando continuidade, é exposta uma breve biografia de Rembrandt, de quem gosto muito.

Fica em mim um sentimento de que o leitor busque mais sobre pintores, obras, contextos histórico-culturais, assim como se delicie com cada emoção que brotar de seu interior através destes encontros.



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Pinturas clássicas sofreram influência de vulcões
Reuters, Por Karolos Grohmann, em 05/10/07 em www.uol.com.br

ATENAS (Reuters) - Dezenas de obras-primas de pintores dos séculos 16 ao 19 podem ter recebido uma ajuda das erupções vulcânicas que lançaram cinzas na atmosfera, deixando o pôr-do-sol mais espetacular, revelou um estudo grego.

O uso da cor por artistas como J.M.W. Turner, renomado pela maneira evocativa em que pintava a luz, Rembrandt, Rubens, Degas e Gainsborough, e sua ligação com erupções vulcânicas, é incrível, disse o professor de física atmosférica grego Christos Zerefos.

De acordo com Zerefos, a erupção do vulcão indonésio Tambora, em 1815, lançou cinzas que chegaram até a Europa, cobrindo o continente num véu e transformando 1816 num "ano sem verão".

"Turner mostrou isso em suas auroras e seus pores-do-sol", disse o professor à Reuters na quinta-feira.

Outras erupções notáveis que influíram sobre os crepúsculos pintados incluem a do vulcão Krakatoa, na Indonésia, em 1883.

Zerefos disse que usou um índice de véu de poeira, criado pelo climatólogo britânico Hubert Lamb no século 20 para estudar os vulcões e sua relação com o clima.

O índice quantifica o impacto a poeira e dos aerossóis lançados no ar por uma erupção vulcânica específica nos anos que se seguem ao evento.

"A correlação entre o índice de véu de poeira e a razão de cores vermelha e verde em pinturas é incrível", disse Zerefos. "Parece que os aerossóis mostrados pelas pinturas em seus panos de fundo estão mais presentes quando são precedidos por erupções vulcânicas."

A equipe de Zerefos estudou centenas de pinturas até o momento em que dados atmosféricos começaram a ser registrados no século 20, e concluiu que os artistas sem dúvida retrataram as cores reais como as viram na natureza.

"Essa pode ser uma premissa justificada com os impressionistas, mas é o caso até mesmo com os expressionistas. É espantoso", disse ele. "É a primeira vez que procuramos classificar a arte com base em dados ambientais."

Seu próximo estudo será feito com artistas do século 20, para ver como a poluição atmosférica influiu sobre seu uso de cores.

"Exorto todos os artistas que pintam paisagens a me enviarem suas obras em forma digital para que possamos estudá-las", disse Zerefos.

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Rembrandt Harmenszoon van Rijn
Retirado do site
www.brasilescola.com

Pintor flamengo nascido em Leiden, Países Baixos, mestre do claro-escuro e considerado um dos maiores pintores do Ocidente. Entrou para a universidade (1620) que logo abandonou para se dedicar à pintura. Estudou em Leiden com Jacob van Swanenburch e depois, em Amsterdam, com Pieter Lastman. Retornou a Leiden (1627) para trabalhar com Jan Lievens, também discípulo de Lastman.
Influenciado pelas inovações de Caravaggio, adaptou o claro-escuro do mestre italiano. Pintor brilhante,Pintor brilhante, os temas bíblicos, mitológicos e históricos tornaram-se comuns nos seus quadros, muitos pintados sob encomenda. Radicou-se em Amsterdã (1631), onde se tornou um artista próspero, logo cercado por discípulos, casou-se com Saskia, uma mulher também rica, e levou vida luxuosa, morando numa ampla casa no bairro judaico de Amsterdã.
Nessa fase tornou-se o principal representante do barroco protestante do norte da Europa e pintou imensa série de retratos, muitos dos quais de rabinos e outros judeus, e cenas bíblicas. após enviuvar (1642) sua arte sofreu grandes mudanças e essas alterações diminuíram sua popularidade, porém o nível de sua arte não, e iniciou sua fase mais produtiva. Iniciou (1649) um relacionamento amoroso com a jovem Hendrickje Stoffels. iniciando uma etapa marcada pelos numerosos auto-retratos que alçaram o gênero a um de seus pontos culminantes na história da arte. Endividado passou a administração de seus bens (1656) ao seu único filho com Saskia, Titus, e sua nova companheira. Na década seguinte, criou diversas obras-primas, entre as quais o famoso quadro Os síndicos da corporação de tecelões (1662). Um ano após a morte de Titus, morreu em Amsterdã, em 4 de outubro (1669). Embora estivesse então em relativa obscuridade, sua reputação foi recuperada no século XVIII e continuou a crescer até o século XX. Outrs obras marcantes ao longo de sua vida foram A ceia em Emaús (1630), Lição de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp (1632), Auto-retrato com Saskia (1634), A ronda noturna (1642), Cristo curando doentes (1645) e O homem com o elmo de ouro (1650).



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