17 setembro 2011

1001 Filmes: Homem Morto (Dead Man)

DIREÇÃO: Jim Jarmusch;
ANO: 1995;
GÊNEROS: Experimental e Faroeste;
NACIONALIDADE: Alemanha, EUA e Japão;
IDIOMA: inglês;
ROTEIRO: Jim Jarmusch;
BASEADO EM: ideia de Jim Jarmusch;
PRINCIPAIS ATORES: Johnny Depp (William Blake); Gary Farmer (Ninguém 'Nobody'); Crispin Glover (Bombeiro Do Trem); Lance Henriksen (Cole Wilson); Michael Wincott (Conway Twill); Eugene Byrd (Johnny 'The Kid' Pickett); John Hurt (John Scholfield); Robert Mitchum (John Dickinson); Iggy Pop (Salvatore 'Sally' Jenko); Gabriel Byrne (Charlie Dickinson); Jared Harris (Benmont Tench); Mili Avital (Thel Russell); Mark Bringelson (Marechal Lee); Jimmie Ray Weeks (Marechal Marvin); John North (Mr. Olafsen).






SINOPSE: "Esta é a história da viagem, física e espiritual, de um jovem a um território que lhe é pouco familiar. William Blake viaja para o Oeste americano, algures na segunda metade de séc. XIX. Perdido e ferido, encontra-se com um índio solitário e excêntrico, chamado "Nobody", que acredita que Blake é o falecido poeta inglês com o mesmo nome. Nobody e William passam por situações cómicas e violentas. Contrariamente à sua natureza, as circunstâncias transformam Blake num fora-da-lei perseguido, num assassino e num homem cuja integridade física vai ficando em risco." (SAPO Cinema).



"Mais um filme sem final ou, como costumam chamar, com final aberto. Assim como a grande maioria de filmes com este final, exceto raras exceções, fica faltando algo, acabando por prejudicar o filme como um todo, criando a expectativa e não respondendo-a. Mas mesmo assim é um grande filme. Primeiro pelas atuações, que todas, sem exceção, são muito profundas e fluídas, sendo a maioria bruta, totalmente desprovidas de sentimentos e individuais, apesar de no papel, na sua descrição, serem quase que repetições seguidas do mesmo personagem, lembrando de atores como Iggy Pop, ele mesmo, o roqueiro desmiolado e Gabriel Byrne, o ator conhecido pelos fãs como Paul Weston, o psicanalista da série 'In Treatment'. Fugindo desse perfil, os personagens principais de Johnny Depp e Gary Farmer são os destaques do filme ao lado da fotografia. A atuação de Depp é perfeita, encarnando uma pessoa que se mete num mundo da qual não pertence e tendo que se adaptar a ele, e vivendo (será?) com uma bala no peito durante toda a trama, onde a morte (será?) vai chegando a conta-gotas, e ao se aproximar dela (será?) o que era educação, cavalheirismo, inteligência e respeito vão se transformando em brutalidade, leviandade, falta de sentimentos e burrice, se assemelhando cada vez mais com os personagens padrão da trama. Já Ninguém, é seu amigo índio que o leva da vida (será?) para a morte (será?). A cada mudança de cena é tocada duas notas típicas de filmes de faroeste, dando uma cadência essencial ao filme. Mas quanto aos detalhes técnicos, o que mais me surpreendeu positivamente foi a fotografia, destacando a parte final do filme onde Ninguém leva Depp por entre sua tribo. Neste momento,  os focos que a câmera dá em Depp são espetaculares, umas das melhores sequências já vistas por mim. É um filme experimental e faroeste sim, por mais que possa soar estranho, mas acima de tudo é um filme que vale estar entre os 1001 e assistir uma vez na vida, pelo menos."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira







"Dead Man é um filme com nome estranho e gênero também: faroeste experimental. Não bastasse isso, seu diretor, Jim Jarmusch, é considerado representante de um cinema inovador e independente em Hollywood, um cientista do cinema, deixando em alta a expectativa para ver suas obras. Neste caso nos deparamos com Johnny Depp em sua melhor forma dando vida a uma personagem perdida no meio do nada, buscando sem encontrar, sozinho no meio de uma cidade perdida no meio do nada, se deparando com a fúria de pessoas más e com o amparo de um índio de boas intenções e uma história triste para contar. O índio acredita que este William Blake é um poeta e pintor já falecido e, estando frente a um homem morto, mostra a ele o caminho para encontrar descanso no paraíso... e ai começa a fuga de Blake da fúria de um pistoleiro canibal, acompanhado de 'Ninguém' (nome do índio). Encontramos muita poesia durante o percurso de suas longas e pausadas duas horas tanto nas falas quanto nos atos do personagem protagonista e seu acompanhante, nos escurecimentos entre uma cena e outra, assim como no embalo do músico canadense Neil Young que dá um pano de fundo lindíssimo a este filme. Temos a glória de encontrar neste caminho grandes atores com Gary Farmer (o índio) e Lance Henriksen (o incansável matador), assim como outros fazendo pequenas pontas, como é o caso de Crispin Glover (o bombeiro do trem), John Hurt (o diretor do escritório), Iggy Pop (perdido no meio do faroeste), Gabriel Byrne (vendedor da tabacaria) e Robert Mitchum (presidente da metalúrgica). Uma obra com cenas bastante significativas que dizem muito só em gestos. Fica a dica de um ótimo e excêntrico filme para o fim de semana."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy







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