29 abril 2012

1001 Filmes +: Cisne Negro (Black Swan)

DIREÇÃO: Darren Aronofsky;
ANO: 2010;
GÊNEROS: Drama, Suspense e Thriller;
NACIONALIDADE: EUA;
IDIOMA: Inglês;
BASEADO EM: ideia de Darren Aronofsky;
PRINCIPAIS ATORES: Natalie Portman (Nina Sayers); Mila Kunis (Lily); Vincent Cassel (Thomas Leroy); Barbara Hershey (Erica Sayers); Winona Ryder (Beth Macintyre); Benjamin Millepied (David); Ksenia Solo (Veronica); Kristina Anapau (Galina); Janet Montgomery (Madeline); Sebastian Stan (Andrew); Toby Hemingway (Tom); Sergio Torrado (Sergio); Mark Margolis (Mr. Fithian); Tina Sloan (Mrs. Fithian) e Abraham Aronofsky (Mr. Stein).




SINOPSE: "Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas pessoais, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis). Em meio a tudo isso, busca a perfeição nos ensaios para o maior desafio de sua carreira: interpretar a Rainha Cisne em uma adaptação de 'O Lago dos Cisnes'." (Adoro Cinema)


"Vale ressaltar dois pontos principais do filme: a vida de Nina e a interpretação de Portman. O diretor deixa em aberto se o recorte que é filmado da vida profissional de Nina, e parte da pessoal, é real ou pura imaginação. Não se sabe! O que percebemos no filme é um figurino bem instigante. Nina começa vestindo roupas brancas, que com o passar do tempo, e o aumento da pressão imaginária ou real, em busca do grande momento da carreira, vai ficando bege, cinza, até terminar vestindo preto, mas morrendo, de verdade ou só em sua mente, de branco, como se fosse a redenção. E o figurino de todos os outros personagens sempre são de cores opostas ao de Nina. Isso seria um indício de sua loucura, ou apenas um detalhe do dia-a-dia. Outro destaque vale pela atuação, mesmo que a própria Portman diga que sua dublê apareça 'em boa parte do filme', o restante que lhe cabe, conquista com mérito o prêmio máximo de atuação. Mas falta algo no filme. Talvez a falta de vida e o excesso de melancolia, deixando as atuações e a trama presas, podando sua desenvoltura plena e completa."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Um grande filme, com história completamente linear (o oposto de Boogie Nitghs, por exemplo), no qual acompanhamos a visão da personagem principal, Nina, muito bem interpretado por Natalie Portman. Nina passa por pressões intensas como aluna em uma Companhia de Balé, buscando nada menos que a perfeição e, assim, o seu dia-a-dia segue um ritmo de dança na qual acompanhamos a vivencia de sua parte mais doce brigando com todos os seus impulsos mais agressivos, sexuais e arrebatadores. Freud gostaria de assistir a este filme e fazer os paralelos adequados à sua teoria das pulsões, já que a personagem nos mostra um mundo interno que todos vivenciamos, ora de lutas e ora de alianças entre forças opostas que dentro de nós vivem e para fora de nós se manifestam ou assim tentam. Além da personagem principal há outros interessantes, como o diretor da companhia, que instiga com métodos agressivos cada vez mais seus alunos a darem o melhor de si. Há também a mãe castradora e superprotetora de Nina, a quem esta responde como criança doce e livre de impulsos sexuais. Mas não podemos nos aprofundar na análise destes personagens, já que todo o universo ali exposto nos é mostrado pela visão da personagem tema, nos deixando a sensação de que tudo é, ao mesmo tempo, real e imaginário, parte de sua mente psicótica que traz uma rachadura psíquica bastante marcante. Fica mais uma dica de um ótimo filme, do diretor Darren Aronofsky, uma pessoa que dirige com técnica, não por intuição, que tem formação acadêmica em Harvard e que falaremos mais dele em outra postagem quando formos analisar outra de suas grandes obras, 'Réquiem Para Um Sonho (Requiem For A Dream, 2000)'. Ah, não posso esquecer de mencionar que Winona Ryder está belíssima e dá um banho de talento nesta obra, e agora não tão jovem quanto era em seus grandes sucessos dos anos de 1990. É isso, divirtam-se!"

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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26 abril 2012

Mais Saúde + Você: Juventude, Drogadição E Criminalidade

Por Kleber Godoy

Nesta seção, como já destacamos no post explicativo sobre seus objetivos, o assunto é sério: saúde. Um tema abrangente, que envolve diversas ciências e, principalmente, a vida de cada um de nós. Assim, buscando criar um espaço para pensar o que podemos fazer para contribuir neste quesito, trazemos hoje um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Justiça fazendo um interessante paralelo entre drogadição e criminalidade entre os jovens no Brasil, mostrando que uma coisa leva à outra. Segue a reportagem completa, e abaixo minhas reflexões sobre esta questão tão urgente que é a disseminação de álcool e drogas entre os jovens.



75% DOS JOVENS INFRATORES NO BRASIL SÃO USUÁRIOS DE DROGAS, APONTA CNJ
Roubo foi causa de 36% das internações pelo país, segundo estudo. Relatório sobre medidas socioeducativas foi divulgado nesta terça (10).


Dos adolescentes internados em cumprimento de medidas socioeducativas no Brasil, 75% são usuários de entorpecentes. O dado foi apresentado nesta terça-feira (10) em um relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A pesquisa “Panorama Nacional, a Execução das Medidas Socioeducativas de Internação” foi realizada pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) e pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ). O levantamento foi realizado por uma equipe multidisciplinar que visitou, de julho de 2010 a outubro de 2011, os 320 estabelecimentos de internação existentes no Brasil, para analisar as condições de internação de 17.502 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de restrição de liberdade. Durante estas visitas, a equipe entrevistou 1.898 adolescentes internos.

Dos jovens entrevistados, 74,8% faziam uso de drogas ilícitas, sendo o percentual ainda mais expressivo na Região Centro-Oeste, onde 80,3% dos adolescentes afirmam ser usuários de drogas. Em seguida está a Região Sudeste, com 77,5% de usuários.

Dos jovens entrevistados, 74,8% faziam uso de drogas ilícitas, sendo o percentual ainda mais expressivo na Região Centro-Oeste, onde 80,3% dos adolescentes afirmam ser usuários de drogas. Em seguida está a Região Sudeste, com 77,5% de usuários.

Ainda segundo o estudo, o crime de homicídio foi bastante expressivo em todas as regiões do país, com exceção do Sudeste, onde o delito corresponde a 7% do total. Nas regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sul os percentuais de homicídio como motivo da atual internação dos jovens correspondem, respectivamente, a 28%, 21%, 20% e 20%.

O estudo divulgado nesta terça aponta o roubo também como principal motivo de internação entre os adolescentes reincidentes. O levantamento constata, porém, que a ocorrência de homicídio na reiteração da prática infracional foi aproximadamente três vezes superior à primeira internação, aumentando de 3% para 10% dos casos em âmbito nacional.

Entre os adolescentes entrevistados em cumprimento de medida de internação, 43,3% já haviam sido internados ao menos uma outra vez, segundo adiantou o Jornal O Globo na segunda-feira (9). Nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, 54% e 45,7% dos jovens, respectivamente, são reincidentes; nas demais regiões o índice de reincidência entre os entrevistados varia entre 38,4% e 44,9%. Há registros de reincidência em 54% dos 14.613 processos analisados no território nacional.

PERFIL DO ADOLESCENTE INFRATOR

De acordo com a pesquisa divulgada pelo CNJ, a idade média dos adolescentes entrevistados é de 16,7 anos. O maior percentual de internados observados pela pesquisa tem 16 anos, com índices acima dos 30% em todas as regiões do país. O estudo aponta ainda que a maioria dos adolescentes cometeu o primeiro ato infracional entre 15 e 17 anos (47,5%). Considerando-se o período máximo de internação, o estudo revela que boa parte dos jovens infratores alcança a maioridade civil e penal durante o cumprimento da medida.

Quanto à escolaridade, 57% dos jovens declararam que não frequentavam a escola antes da internação. Entre os entrevistados, apenas 8% afirmaram ser analfabetos. Ainda assim, a última série cursada por 86% dos jovens pertencia ao ensino fundamental.

No que diz respeito às relações familiares, o estudo aponta que 14% dos jovens entrevistados têm filhos. Do total de adolescentes ouvidos no levantamento, 43% foram criados apenas pela mãe, 4% pelo pai sem a presença da mãe, 38% foram criados por ambos e 17% foram criados pelos avós.

Entre os aspectos comuns à maioria dos entrevistados, de acordo com a pesquisa, estão a criação em famílias desestruturadas, a defasagem escolar e a relação estreita com entorpecentes.

FONTEVNews, 10 abril 2012



**********



"A droga não leva somente à devastação familiar, mas também ao crime, um problema que extrapola o âmbito familiar e bate à porta de cada um de nós. Roubo e homicídio são duas das atividades mais praticadas por estes jovens e colocam a cada um de nós na mira do crime. Outra grande preocupação que vejo neste caso é que o jovem é internado, cumpre sua pena e volta para as ruas para continuar a trajetória no crime, sendo que o fim para grande parte deles, como sabemos, não é somente uma nova internação, mas a morte. De qualquer forma, se há reincidência em grande parte dos casos, significa que existe ai algo da qual a sociedade e o poder público não dá mais conta, como um rio que transborda sem parar. Sei que a questão da drogadição envolve muitos fatores psíquicos, uma busca de prazer sem limites que coloca a sociedade e seus problemas na mais completa nudez, afinal de contas, se há busca desenfreada por prazer sem limites de grande parte da juventude é porque algo falta a ela, uma insatisfação que grita e ecoa para todos os lados. O estudo aponta como aspectos que podem ter premeditado esta situação: famílias desestruturadas, defasagem escolar e relação estreita com entorpecentes. Será mesmo que estes pontos são preditivos de crime e drogadição? E quais outros aspectos podem ser preditivos? Este questionamento deve estar na base das políticas de saúde, pois só se começa a resolver um problema quando se faz um levantamento de suas causas, estabelece-se um panorama de fatores de previsão e, neste ponto, executa-se um plano de ação. Nem tudo é tão linear e certinho assim, mas temos que começar de algum ponto, algum ponto relevante para a prevenção de catástrofes e promoção da saúde. Neste sentido, investimentos em construção de cada vez mais internatos e presídios não é ideal. Vamos praticar o senso crítico no cotidiano?"

Kleber Godoy*


Nunca tive problemas com droga. Só com a polícia. (Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones)


Esperamos, nas próximas postagens sobre este tema, trazer soluções e projetos que minimizem esta situação desesperadora em nossa realidade atual. Até lá... ficam estas questões e reflexões, quem sabe, motivando pessoas a criarem alternativas e práticas neste sentido.


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Kleber Godoy é graduado em Psicologia pela Universidade São Francisco e pós-graduando em Acupuntura Tradicional Chinesa pela Faculdade Einstein. Atualmente trabalha com psicoterapia psicanalítica, psicoterapia de grupo e orientação profissional nas cidades de Piracaia e Campinas, em São Paulo. Entre em contato pelo correio eletrônico: kleberxgodoy@gmail.com

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25 abril 2012

Olhares Mágicos #34: Torre Eiffel

Por Kleber Godoy

A seção 'Olhares Mágicos' traz a cada semana 5 imagens temáticas para sua apreciação, sendo estas continentes de significados para nós dois, mas que podem também mexer com as percepções, ideias, vontades, gostos, etc. dos visitantes deste espaço. E nesta semana trazemos outras 5 imagens e/ou fotos de um dos maiores e mais famosos monumentos do mundo: Torre Eiffel. Divirtam-se!






Se desejar ver mais imagens mágicas acesse nosso Tumblr. Até a próxima seleção Olhares Mágicos!


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22 abril 2012

1001 Filmes: O Balconista (Clerks)

DIREÇÃO: Kevin Smith;
ANO: 1994;
GÊNEROS: Comédia e Drama;
NACIONALIDADE: EUA;
IDIOMA: Inglês;
ROTEIRO: Kevin Smith;
BASEADO EM: ideia de Kevin Smith;
PRINCIPAIS ATORES: Brian O'Halloran (Dante Hicks); Jeff Anderson (Randal Graves); Marilyn Ghigliotti (Veronica); Lisa Spoonhauer (Caitlin Bree) por Lisa Spoonauer; Jason Mewes (Jay) e Kevin Smith (O Silencioso Bob).




SINOPSE: "O filme que lançou Kevin Smith à fama é uma visão do mundo pop adolescente: ele mostra um dia na vida de dois balconistas, Dante e Randal, e suas discussões banais sobre filmes, mulheres e outras casualidades." (Cineplayers)


"O filme retrata a vida de dois balconistas de pequenos comércios locais. Um trabalha em uma locadora de vídeos e mesmo não gostando do seu trabalho aceita a situação e aproveita para se deliciar com os vídeos pornôs da loja. O outro trabalha em uma venda, da qual não gosta e não aceita o trabalho que tem. As lojas são divididas por uma parede e dois drogaditos. Quando dá na telha, fecham a lojas, vão jogar hóquei na laje ou aparecem no velório de uma antiga colega. O interessante é que o balconista do mercado, apesar das centenas de itens disponíveis só vende cigarros, e alguns chicletes por pressão, mesmo tendo em sua porta dois viciados em substâncias químicas. E na loja ao lado, apesar de ter centenas de VHS´s, o balconista só fala e comercializa vídeos eróticos. Vale ressaltar as 3 características principais do diretor ao filmar seus filmes, já presentes nessa sua estreia: Nova Jérsei, Star Wars e quadrinhos, além de histórias secundárias bastante inusitadas, dois ou três cenários e falas longas e complexas, ao menos nesse primeiro filme. Essa mistura aloucada é chamada 'O Balconista'."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Certamente é um filme interessante desde sua ideia inicial até o modo como é filmado: dois jovens balconistas de lojas vizinhas que nos mostram um dia de vida trabalhando em ocupações que não lhe dão prazer, mas certamente muitas aventuras no pequeno espaço que ocupam em suas lojas. O filme se desenrola através de poucos focos de câmera mostrando basicamente a frente dos balcões de trabalho dos dois protagonistas, assim como a frente das lojas onde dois drogaditos permanecem comprando, vendendo e usando drogas. As atuações de Jeff Anderson (Randal) e de Brian O´Halloran (Dante) são perfeitas e até o diretor, Kevin Smith dá suas caras como um dos alucinados que ficam em frente à loja. Cada pessoa que entra nas lojas mostra seu humor e diverte os dias dos balconistas e o diretor certamente se inspirou em sua vivência pessoal já que ele mesmo foi balconista por muitos anos daquela loja de conveniência que aparece no filme. A inovação mais interessante da obra é a inserção, no meio do preto e branco que assistimos, de uma sequência em quadrinhos deixando tudo bem colorido e interessante. Smith é um diretor que conseguiu seu espaço e se mostra desde o começo de sua carreira, há cerca de 20 anos, muito promissor, e coloca neste filme diversas reflexões de vida muito simples (e, ao mesmo tempo, paradoxalmente complexas) como a questão de que Dante detesta seu trabalho e sua vida e convive com Randal que o questiona: 'se não gosta daqui porque não vai embora? É uma decisão simples, só depende de você.' Será mesmo? Vale a pena ver."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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19 abril 2012

Sétima Arte Brasil: Jogo De Cena (Eduardo Coutinho, 2007)

DIREÇÃO: Eduardo Coutinho;
ANO: 2007;
GÊNEROS: Documentário;
ROTEIRO: Eduardo Coutinho;
BASEADO EM: ideia de Eduardo Coutinho;




SINOPSE: "Atendendo a um anúncio de jornal, 83 mulheres contaram sua história de vida em um estúdio. 23 delas foram selecionadas, em junho de 2006, sendo filmadas no Teatro Glauce Rocha. Em setembro do mesmo ano várias atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas por estas mulheres." (Adoro Cinema).


"Mais um vez volto a dizer, um filme que nos apresenta uma nova forma de elaborar um roteiro e, consequentemente, uma nova forma de assistir a ele, ao menos para nós, os autores deste blog, algo inédito na tela da TV ou do cinema. Essa ideia de 'contratar' candidatas a uma vaga de 'contadora de sua vida' é algo muito interessante, único e inovador. Se deparar com pessoas comuns contando histórias comuns e únicas, ricas, e ao mesmo tempo, entrelaçando com o depoimento da candidata à vaga, uma atriz consagrada para interpretar aquela história, é algo inovador. Não seria comercialmente viável, no cinema comercial, fazer um filme com depoimentos reais, de coisas reais, mas se fosse apenas isso, já seria muito rico e proveitoso. Mas o ponto forte do filme não são as histórias surpreendentemente normais contadas ali, mas sim, a possibilidade de avaliar de forma verdadeira e real, a atuação e a competência das atrizes que ali estão trabalhando. Quando se assiste alguém na TV, no cinema ou no teatro, um ator ou atriz fazendo seu trabalho, é claro que conseguimos mensurar o quanto essa ou aquela interpretação é boa ou ruim, comparando com a vida que você vive ou que você observa, ou se é algo muito distante da sua realidade, avalia-se pela naturalidade, verdade, emoção que aquele ator usa e causa em você, cliente e telespectador dele, mas aqui é fascinantemente diferente. Você tem a opção de fazer uma comparação pura, sincera, coerente, correta e justa da interpretação de uma atriz, e poder dizer, de verdade, se ela é realmente boa ou não, afinal: 'a história real, a emoção real, está ali, poucos minutos antes ou depois daquela atuação, portanto, não adianta fazer algo medíocre, pois a comparação será feita com a interpretação perfeita e real, e não com uma história inventada, portanto você precisa se esforçar para conseguir atingir o nível esperado de uma interpretação perfeita' como disse Fernanda Torres. Trabalho 'felomenal', como diria Giovanni Improtta."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Eduardo Coutinho é um grande diretor de documentários, talvez o maior do nosso país, já tendo passeado por diversas áreas dentro do cinema e da TV, com um olhar super crítico sobre a sétima arte e, enfim, alguém que está ai, com seus 80 anos produzindo coisas bonitas a todo vapor. Neste filme ele coloca não só a parte documental, mas também muita ficção, ao nos mostrar histórias de mulheres comuns e suas aventuras pela vida junto com a dramatização de atrizes tentando se passar por elas. Assim, encontramos grandes celebridades brasileiras como Marília Pêra, Andréa Beltrão e Fernanda Torres no mesmo filme com atrizes desconhecidas e pessoas comuns que dão o enredo das histórias contadas. Tudo isso com a direção de Coutinho deixa o filme muito sensível e cheio de surpresas: não sei o que vai acontecer na cena/história seguinte e nem sei como isso tudo irá acabar. Muitas vezes nos surpreendemos ao não saber quem é a atriz e quem é a mulher real da história contada e em outros momentos nos deliciamos com momentos verdadeiros e emocionantes de relatos das atrizes sobre o que elas sentiram ao tentar reproduzir em fala a vivência de outra mulher. Andréa Beltrão se emociona e junto com Marília Pêra e Fernanda Torres fazem o filme ser um documentário sobre a arte de atuar, simplesmente lindo. Coutinho está para o Brasil assim como Agnès Varda está para a França... alguém que nos mostra o verdadeiro valor de um documentário. Ele maneja muito bem todos os pontos do filme e dá continuidade de forma que muitas vezes aquele palco parece um consultório psicológico, com direito a lágrimas, risos e muito jogo de cena. Por fim, um filme com diversas histórias emocionantes de mulheres batalhadoras contando suas perdas, um filme que se perde no linear documentário-ficção e que todo psicólogo deveria assistir."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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