26 agosto 2013

Mais Saúde + Você: O Uso Da Criatividade Rumo A Aceitação

Por Kleber Godoy

Quando nos deparamos com uma doença ou somos acometidos por alguma tragédia pessoal, uma enorme gama de sentimentos nos assola. Neste momento passamos por estágios rumo à aceitação de que existe esta realidade e não tem outra forma senão aceitá-la para poder com ela lidar de melhor forma.

Neste sentido, Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra suíça enumerou cinco estágios pelos quais a maioria das pessoas passa quando se tem que lidar com doenças, tragédias ou morte de alguém querido (o luto). Sua teoria é de 1969 e se tornou uma das mais influentes na psicologia e na área mental da medicinal desde então. É o que pretendo explanar rapidamente neste post.



Pensando que desde um problema de saúde até um divórcio precisam de aceitação, a aplicabilidade da teoria é muito rica e ampla. Importante ressaltar que não são fases que se dão de forma matemática, passando de uma para a outra na ordem em que se apresentam, até mesmo porque a vida não é tão matemática assim. Logo, pode-se passar de um estágio para outro, retornar ao anterior, seguir para o próximo, estar em dois estágios ao mesmo tempo... até à aceitação.  Alguns profissionais com quem converso atestam que pelo menos dois dos cinco estágios estão presentes em qualquer problemática que se vive. Negação, Raiva, Negociação, Depressão e Aceitação... vamos falar um pouco sobre elas.

NEGAÇÃO E ISOLAMENTO

Ao se deparar com algo catastrófico na vida há um impacto, um choque. Um sentimento de repulsa ao fato pode surgir e neste momento pode-se dizer: 'Isso não pode estar acontecendo.' Logo, existe a busca por todo tipo de profissionais e pessoas que digam que não é verdade esta realidade que se vivencia. Muitas vezes a pessoa nem percebe que está neste estágio, pois é automático, visto que é humano tentarmos manter a vida e não pensar no seu contrário, tentarmos manter a harmonia e não pensar no oposto. Um sentimento de superioridade aparece como se dissesse 'Sempre dei um jeito em tudo, agora não será diferente...' Não falar sobre o assunto é comum nesta fase. Alguns casos graves de negação envolvem uma recusa radical ao fato: o doente não aceitar o tratamento; o divorciado não aceitar que o outro foi embora e passar a persegui-lo; não se aceitar que o outro morreu e continuar arrumando a mesa para o jantar com o lugar que era dele; etc.

RAIVA

Após um período de rejeição do fato, há a desconfiança de todos os que o atestam e uma revolta que coloca a culpa e o peso para fora de si de forma agressiva. Logo, 'Por que eu? Não é justo.' É comum culpar o mundo, Deus, os outros... e a agressividade surgir com intensidade. Logo, é o outro que fez isso com ele, é Deus, é o mundo, não restando a ele nenhum vestígio de culpa ou reflexão sobre o fato. Há de se tomar cuidado com comportamentos destrutivos para com o outro. Em casais que estão para se separar é comum aquele que não aceita a separação ou que foi traído ter comportamentos de ataques à vida do outro.

NEGAÇÃO E DIÁLOGO

É uma fase de barganha com tudo e todos. É comum voltar-se intensamente à religiosidade e pedir um tempo a mais com a pessoa de quem se separou, um tempo mais com a vida, um tempo a mais... e fazer pactos com os médicos, seguindo todo tratamento como indicado, pois assim se conseguirá a cura ou nem se perceberá realmente com o problema. Em casos de doença, há pacientes que chegam a pedir a resposta para seus médicos: 'Se eu tomar este medicamento, vou me curar?' Em uma traição matrimonial é comum a pessoa tentar agradar o outro de todas as formas, como se quisesse seduzir para o outro não partir. No caso dos casais, talvez esta seja uma fase em que a mágica acontece e há a reconciliação, já que pode haver diálogo. Quando acontece a morte de uma pessoa querida e a pessoa chega ao consultório de psicoterapia é comum perguntar para o psicólogo: 'Vai passar logo, não vai?'

DEPRESSÃO

Choro, tristeza, angústia... já que nada deu certo, o que resta é ficar triste, já que não se conseguiu driblar aquilo que atormenta e envolve. 'Estou tão triste. Por que me preocupar com qualquer coisa?' É comum nesta fase certo isolamento e maior necessidade de contato consigo mesmo. Apesar de em nossa cultura a depressão ser algo negativo, carregada de pré-conceitos, penso que é importante em momentos de vida de crise parar um pouco, desacelerar e ficar um pouco mais em contato consigo mesmo e com os sentimentos que estão surgindo. É algo que os familiares e amigos às vezes não permitem que o outro passe, levando-os aos médicos, dando antidepressivos, dopando... e até privando a pessoa de pensar sobre os seus problemas com a tristeza que lhe convém. É normal se sentir triste quando se perde alguém querido, até que este vazio seja preenchido de alguma forma. O alerta que deve ser mantido é se a pessoa chegar a ter comportamentos autodestrutivos, como suicídio, ai sim necessitando de atenção especializada.

ACEITAÇÃO

Esta fase se apresenta de diversas formas e de jeito muito particular para cada pessoa. Às vezes com um sentimento de que 'Tudo vai acabar bem.' Em outras pessoas com a noção de que 'Preciso descansar e me preocupar menos, só seguir o caminho que se apresenta.' Se aceita que não é o fim do mundo, que se pode lidar com isso e trazer até mesmo benefícios para a vida através dos aprendizados que ficaram. Pensa-se de forma mais clara em estratégias para lidar com o assunto. Fala-se sobre e não se revolta. No caso do luto, a pessoa aceita que o outro partiu e se permite a um processo de integração da vivencia que teve com o outro, ficando-se com as partes boas de um lado e ruins de outro e vendo que ele cumpriu seu dever, terminando sua trajetória. Esta fase envolve a relação da pessoa com a vida, aceitando que há um ciclo de nascimento, vida e morte. Há maior valorização do que se tem enquanto se tem. Os sentimentos estão mais organizados e os comportamentos sem carga agressiva, nem consigo nem com o outro. A paz aparece já que se visualizam de forma clara as potencialidades e as limitações para se lutar contra o problema, assim como que se foi e o que se tem ou aceitar que nada há o que se fazer. No caso de separação conjugal, aceitar talvez signifique deixar a pessoa seguir em frente com sua vida e poder assim seguir com a sua. São variadas as formas de viver e penso que a criatividade aparece justamente nesta fase. Parece ser comum anteceder esta fase uma reflexão profunda sobre toda vida que se teve tentando integrar os diversos fatos e aspectos dela. Assim, no caso do divórcio, pensa-se na vida toda com a pessoa. No caso de uma doença respiratória grave, pensa-se na vida desregrada e com fumos e abusos. No caso de qualquer doença, pensando na vida como um todo, no que se fez, no que deixou de fazer, no que ainda pode se fazer. Tudo isso se dando de forma muito particular e peculiar para cada pessoa/família/vida. Não que seja uma fase em que a felicidade se faz presente. Talvez seja mais uma fase sem muitos sentimentos, mais neutra. Mas pode ser que aqui esteja sim a alegria de estar vivo e poder vivê-la com maior qualidade, prazer, valorização do que precisa e tem valor.


E ai, para sua vivência atual, está dentro de algum destes estágios?


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Kleber Godoy é graduado em Psicologia pela Universidade São Francisco e pós-graduando em Acupuntura Tradicional Chinesa pela Faculdade Einstein em parceria com a Associação Brasileira de Acupuntura e o Instituto Brasileiro de Acupuntura e Psicologia. Atualmente trabalha com Psicoterapia Psicanalítica, Psicoterapia De Grupo e Orientação Profissional nas cidades de Campinas, Piracaia e São Paulo. Entre em contato pelo correio eletrônico: kleberxgodoy@gmail.com
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11 março 2013

1001 Filmes: Alphaville (Alphaville: Une Étrange Aventure De Lemmy Caution)

DIREÇÃO: Jean-Luc Godard;
ANO: 1965;
GÊNEROS: Drama, Ficção Científica, Romance, Suspense, Thriller;
NACIONALIDADE: França e Itália;
IDIOMA: Francês;
ROTEIRO: Paul Éluard e Jean-Luc Godard;
BASEADO EM: ideias de Paul Éluard e Jean-Luc Godard;
PRINCIPAIS ATORES: Eddie Constantine (Lemmy Caution); Anna Karina (Natacha von Braun) e Akim Tamiroff (Henri Dickson por Akim Tamirof).


SINOPSE: "A cidade de Alphaville é comandada pelo computador Alpha 60, que aboliu os sentimentos em seus habitantes. Lemmy Caution (Eddie Constantine) é um agente enviado ao local, com a missão de encontrar o professor von Braun, criador de Alpha 60. Seu objetivo é convence-lo a destruir a máquina. o percurso Natacha (Anna Karina), a filha do professor, lhe ajuda como guia." (Adorocinema)


"O meu primeiro contato com Godard foi através da música do Legião Urbana, Eduardo E Mônica, o que me faz entender melhor a frase na música. Mas realmente, ir a uma lanchonete é bem oposto a assistir a um filme de Godard. Assim como o próprio Godard, totalmente oposto a produção de filmes da época, tentando mostrar através de seu filme, a sua própria exclusão, a sua própria obra, apresentando aos pares algo de outro mundo. E realmente é. Por incrível que pareça, o filme é tratado como ficção científica, por ser Alphaville um planeta/cidade/prédio extraterrestre. E esse enredo maluco, é o que torna o filme parte da chamada Nouvelle Vague, e deixa Godard entre os principais desse movimento transgressor do cinema francês dos anos 60. Claro, o filme é bastante confuso, e parece não ter sentido, afinal, Godard foi um visionário ao relatar a mecanização humana através da ditadura do computador em que vivemos hoje. Filme francês traz sempre, independente do ano ou do movimento a que pertence, uma estética peculiar, presente aqui em minoria, mas presente e muito bem vinda."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Um filme de ficção científica, bem futurista, bem intelectual e de pouco orçamento, mas belamente bem produzido, esta obra de Godard traz cenários de Paris como se fossem de outro mundo. Logo, faz sentido a frase do diretor: 'Cinema é a fraude mais bonita do mundo'. Assim, o filme traz um contraste claro-escuro junto a lindas cenas e paisagens parisienses e cenários interiores bem interessantes. O foco nos rostos e olhares sem expressão dos personagens mostra o que o diretor pretende: a falta de afeto, um mundo de máquinas, a era da Revolução Industrial e o sentimento pessimista do futuro da civilização. Fazendo parte do movimento da Nouvelle Vague, no qual os cineastas jovens desejavam transgredir as regras aceitas pelo cinema comercial produziam suas divagações, esta obra tem uma narrativa e um discurso diferenciado que faz ele ser menos interessante à maioria das pessoas. Note, quanto ao enredo, que não só as pessoas que vivem em Alphaville são sem expressão, o personagem do mundo externo também demonstra falta de emoções em sua face o tempo todo, sendo um deles também, reforçando uma sátira de filmes de espiões americanos. Há um fundo político no filme, sendo que podemos compreender esta sociedade governada pelo então professor Von Braun, um chefe que ordena e organiza todo modo de viver, cabendo ao personagem de Caution causar movimento e, com a morte do diretor os seus dominados, então alienados, ficam sem rumo, desorientados. Há um ideal que orienta as pessoas nas sociedades, simbolizado seja pelo chefe político ou religioso ou até mesmo por deus: na morte do comandante (pai?) a quem se deposita toda fé e esperança, resta muito pouco à vida. Apesar de a sociedade viver sem emoções, em uma vida organizada e robotizada, sem paixões de qualquer tipo (até as prostitutas são mecanizadas) e sofrendo penalizações se tomar contato com estes sentimentos (um modo de vida ilógico), o final é extremamente romântico e emocionante, com um diálogo belíssimo entre o casal, valendo por si só o filme todo. Inclusive, nesta sociedade agora desorientada, a personagem Natacha ganha orientação através do amor, poética sublime de Godard. E, claro, Anna Karina, então esposa do diretor, deixa as cenas ainda mais lindas."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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27 fevereiro 2013

Sétima Arte Brasil: Redentor (Cláudio Torres, 2004)

DIREÇÃO: Cláudio Torres;
ANO: 2004;
GÊNEROS: Drama e Fantasia;
ROTEIRO: Elena Soárez, Fernanda Torres e Cláudio Torres;
BASEADO EM: ideia dos roteiristas;
PRINCIPAIS ATORES: Pedro Cardoso (Célio Rocha); Miguel Falabella (Otávio Sabóia); Camila Pitanga (Soninha); Stênio Garcia (Acácio); Fernanda Montenegro (dona Isaura); Fernando Torres (Justo); Jean Pierre Noher (Gutierrez); Enrique Diaz (Moraes); Mauro Mendonça (Noronha); Tony Tornado (Tonelada); Lúcio Mauro (Tísico); Lúcio Andrey (Meio-Kilo); Babu Santana (Júnior); Rogério Fróes (Dr. Soares); Louise Wischermann (Celeste); José Wilker (Dr. Sabóia); Paulo Goulart (ministro); Tonico Pereira (delegado); Guta Stresser (Flávia); Suely Franco (tia de Célio); Fernanda Torres (Isaura jovem), Domingos de Oliveira (Justo jovem), Marcel Miranda (Célio criança) e Guilherme Vieira (Otávio criança).



SINOPSE: "Existem mais coisas entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia. E Célio Rocha (Pedro Cardoso) é prova tão viva quanto morta disto: repórter de um jornal carioca, ele recebe de Deus a missão de convencer seu amigo de infância, Otávio Sabóia (Miguel Falabella), um corrupto construtor, a doar sua fortuna aos pobres." (Cineclick).


"Um roteiro original, atual e brasileiro. O filme retrata os meandros extra-oficiais das negociações de empresários, governos, mídia, polícia, justiça, e ainda aborda a criminalidade, a impunidade, a pobreza, as diferenças sociais, a religião, enfim, temas brasileiros discutidos em um enredo verdadeiro, claro e doloroso do nosso dia-a-dia. Temas pesados tratados de forma pesada, como merecem ser. Não há espaço para o romantismo, o amor, a verdade, a justiça, a beleza, há apenas espaço para a vida dolorosa, pesada e difícil que os personagens representam, seja um empresário milionário, seja um repórter ou sejam pessoas humildes vivendo na linha da pobreza extrema. Seja criança, adulto ou idoso, todos, envolvidos no clima sombrio e cascudo do filme. Há uma única ressalva, que foge um pouco desse perfil, o personagem de Fernando Torres, onde ainda demonstra algumas características mais puras e sinceras no filme. O elenco completamente separado, mas totalmente competente, sem um destaque, onde todos brilham ao máximo."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Cláudio Torres, filho de Fernanda Montenegro e Fernando Torres, irmão de Fernanda Torres... uma família de talento para um enredo cheio de conteúdo significativo: combinação perfeita. Isso sem falar em Pedro Cardoso e Miguel Falabella estrelando com maestria seus papéis, junto a outros grandes nomes como Camila Pitanga, Stênio Garcia e Jean Pierre Noher. Intenso, perfeito, cheio de altos e baixos... indo do céu ao inferno em instantes, sendo que até o céu parece infernal e o questionamento sobre deus (e a ele) aparece a todo momento. Afinal, colocam os personagens, se há tanta frustração na vida, sendo tudo obra de de um todo poderoso... será que este olha para mim? Questionamentos existenciais junto a um toque de comédia dramática bem sutil, no meio de alguns diálogos ou olhares, que somente um grupo afinado de atores poderia fazer. Ah, a presença de José Wilker deu o toque que talvez faltasse ao filme. E assim não faltou nada."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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14 fevereiro 2013

Clodovil: Para Que Ser Coerente Se A Vida É Uma Incoerência

A cada postagem desta sessão homenageamos alguém que fez a diferença em sua vida pública, que de alguma forma tocou os corações e as vidas das pessoas com quem teve contato. Hoje trazemos uma figura um tanto quanto controversa que mostrou durante toda sua vida muita polêmica, talento, arte, cultura e uma personalidade difícil, sendo que tudo isso junto o fez passear pelo palco da vida sendo ator, estilista, cantor, figurinista, apresentador e até mesmo político. Um nome importante, inclusive, para a difusão dos talentos no Brasil no exterior, conhecido internacionalmente por suas criações de vestidos para noivas. Homenageamos hoje, Clodovil Hernandes.


Clodovil Hernandes nasceu em Elisiário, no interior do estado de São Paulo, como o nome de Clodovir Hernández. Era filho adotivo de Domingo Hernández e Isabel Sánchez, um casal de imigrantes espanhóis naturais da região da Andaluzia. Logo após seu nascimento, a família se mudou para Floreal, onde Domingo Hernández se tornou dono de uma loja de tecidos. Clodovil descobriu que não era filho biológico de seus pais adotivos aos onze anos de idade, quando uma tia lhe contou. Segundo ele próprio, a adoção nunca foi um problema, e seus pais morreram sem saber que ele sabia. Ele também jamais soube quem foram seus pais biológicos.

Clodovil sempre teve um relacionamento mais próximo com sua mãe, que foi 'a única mulher que amou em sua vida'. Segundo Clodovil, a mãe não lhe quis quando chegou, porque não queria aquela 'coisa feia'. Felizmente, porém, Isabel aprendeu a amá-lo com o convívio. Clodovil diz que, apesar de nunca ter gostado muito do pai, sempre o respeitou; certo dia, quando lhe respondeu de maneira atravessada, levou um forte tapa na orelha que lhe deixou com um problema de audição. Aos treze anos, Clodovil viu seu pai tendo relações sexuais com outro homem, um cunhado. Clodovil diz que nunca tocou no assunto com o pai, o qual morreu sem saber que ele viu a cena. Por causa desse episódio, Clodovil disse que 'deveu o norte de sua vida' a seu pai.

Clodovil aos 5 anos de idade com os pais adotivos

Clodovil aos 15 anos
'Mas devo o norte da minha vida ao meu pai, apesar de eu nunca ter gostado muito dele. Digo isso porque a primeira vez que vi um homem com outro foi o meu pai. Eu tinha treze anos. E nunca desrespeitei o meu pai.' (Clodovil)

O interesse de Clodovil por moda começou ainda criança, quando ele dava palpites de vestuário para a mãe, as tias e as primas, escondido do pai, que não podia saber. Quando estava estudando em um colégio interno católico, recebeu o apelido de 'Jacques Fath', um costureiro francês famoso da época. No último ano do normal, aos dezesseis anos, uma colega lhe perguntou por que não desenhava vestidos, embora Clodovil nem sequer conhecesse essa profissão. Pegou então uma página de caderno e desenhou onze vestidos. Numa loja do centro de São Paulo, vendeu seis desses. Diz que ganhou mais dinheiro do que a mesada que o pai lhe mandava, e iniciou assim sua trajetória na moda. Desistiu então da Faculdade De Filosofia e, em 1960, conquistou seu primeiro Prêmio Agulha De Ouro. Com talento, ele conquistou clientes da alta sociedade de São Paulo. Na época também começou a chamar atenção a 'rivalidade' de Clodovil com Dener Pamplona de Abreu, outro estilista conhecido da época. Na realidade, eles eram mais amigos e colegas de profissão do que competidores.



O talento de Clodovil para a moda foi reconhecido por mulheres de variadas origens sociais, desde artistas como Elis Regina e Cacilda Becker a empresárias como Hebe Alves (antiga proprietária das lojas Mappin) e às famílias Diniz e Matarazzo. Pioneiro, por anos seria um dos pilares da alta-costura, numa sociedade que importava modelos europeus, inaugurou uma moda made in brazil. Segundo Constanza Pascolato, 'Esse termo [alta-costura] cabe especificamente às coleções de Paris. Podemos dizer que o Clô fez uma 'moda de ateliê' muito requintada e luxuosa, destinada a ocasiões específicas, como casamentos e coquetéis', define.

Clodovil formou-se professor, mas ainda jovem se tornou um estilista conhecido no país e logo passou a trabalhar também na televisão, na qual acumulou mais de 45 anos de carreira em quase todas as emissoras de televisão do país. Ficou famoso em 1976, ao ganhar o prêmio máximo no programa 8 ou 800?, apresentado por Paulo Gracindo, ao responder perguntas sobre Dona Beja.

No início dos anos 80, apresentou na Rede Globo o programa feminino TV Mulher, considerado revolucionário na época, ao lado da então sexóloga Marta Suplicy. Em 1992, apresentou o programa Clodovil Abre O Jogo da extinta Rede Manchete. Clodovil foi também premiado figurinista de teatro, além de ter trabalhado como ator. Possuía registro como cantor.

Dener e Clodovil
Em maio de 2001, Clodovil estreou no comando do programa Mulheres da TV Gazeta, ao lado de Christina Rocha. Polêmico como sempre, Clodovil fazia críticas à colega, ao vivo. Após alguns meses, a parceria foi desfeita, e Clodovil passou a comandar um talk-show nas noites da TV Gazeta, durante as quais preparava receitas para receber seus convidados e tratava de temas polêmicos.

A despeito da vida de 'glamour' e fama, fazia questão de demonstrar sua espiritualidade e sempre evidenciar o amor recíproco entre ele e seu grande amor, citando Deus de forma recorrente nos diálogos e entrevistas: 'Eu não sou briguento. Como eu poderia ser? Eu sou temente a Deus.'

'Talento eu tenho, e isso ninguém me tira!' (Clodovil)

Em 2004, já na RedeTV!, passou por uma fase polêmica devido ao desentendimento com integrantes do programa Pânico Na TV. Um dos quadros do programa propunha que personalidades consideradas arrogantes pela equipe calçassem as 'sandálias da humildade', e em certo momento Clodovil tornou-se o alvo dos humoristas. O apresentador se esquivou de duas investidas dos repórteres do Pânico. Na terceira tentativa, foi perseguido por dois carros, um helicóptero e um trio elétrico. Seguido desde os estúdios da emissora, em Barueri, na Grande São Paulo, o veículo do apresentador foi fechado no meio da Marginal Pinheiros, e acabou por escapar.



No dia seguinte à apresentação de todo o incidente no Pânico, Clodovil fez um desabafo ao vivo em seu próprio programa, A Casa É Sua, que apresentava desde 2003. Seu programa passou a ser gravado. Meses depois, ao criticar uma apresentadora da casa pelo modo que aparecera vestida em uma festa, foi demitido. Em abril de 2007, Clodovil voltou à televisão com o programa Por Excelência, na TV JB (o nome do programa faz referência à sua então condição de deputado federal). Pediu demissão por causa de alguns problemas de saúde.

Em 2004, durante o programa A Casa É Sua, Clodovil chamou a vereadora Claudete Alves de 'macaca de tailleur metida a besta'. A vereadora entrou com uma queixa-crime e o apresentador respondeu por dois processos criminais no Tribunal de Justiça de São Paulo. Clodovil alegou em sua defesa que a palavra 'macaca' foi usada com o intuito de demonstrar que a vereadora 'gostava de aparecer', e não com conotação racista. O apresentador, porém, foi condenado a pagar indenização por danos morais.

Em uma entrevista à Rádio Tupi, em 27 de outubro de 2006, Clodovil declarou que os judeus teriam manipulado o Holocausto e forjado o atentado de 11 de setembro contra o World Trade Center. Na mesma entrevista, referiu-se a um negro como 'crioulo cheio de complexo'. Para suportar suas opiniões, disse à rádio carioca que existe um 'poder escuso, que está no subsolo das coisas'. Segundo o apresentador, 'As pessoas são induzidas a acreditar. Quando houve aquele incidente com as torres gêmeas lá não tinha americano nenhum e nem judeu.'


O presidente da Federação Israelita do Rio, Osias Wurman, declarou-se indignado com as declarações, sobretudo por virem de uma pessoa advinda de uma minoria que também sofre preconceito. Wurman entrou com uma interpelação judicial contra Clodovil, acusando-o de racista, além de enviar cópias do áudio da entrevista à Secretaria Estadual de Direitos Humanos, a deputados estaduais e a organizações não-governamentais ligadas ao movimento negro.

Em 2007, envolveu-se em nova polêmica no Congresso, após discutir com a deputada Cida Diogo, do PT do Rio de Janeiro. A discussão iniciou por conta das declarações de Clodovil de que 'as mulheres ficaram muito ordinárias, ficaram vulgares, cheias de silicone' e ainda que atualmente 'as mulheres trabalham deitadas e descansam em pé.' Ao ser questionado pela deputada quanto à declaração, respondeu: 'Digamos que uma moça bonita se ofendesse porque ela pode se prostituir. Não é o seu caso. A senhora é uma mulher feia'.

Em 2006 entrou para a política após candidatar-se e eleger-se deputado federal pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), possuindo inclusive o terceiro maior número de votos em São Paulo, estado por onde se candidatou. Usou bastante ironia em sua campanha, como a frase: 'Vocês acham que eu sou passivo? Pisa no meu calo para você ver…' Tornou-se então o primeiro homossexual assumido a ser eleito deputado federal. Apesar disso, declarava-se contra a Parada Do Orgulho GLBT, o casamento gay e o movimento homossexual brasileiro.


'Eu vivo apaixonado por alguma coisa que eu não sei o que é' (Clodovil)

Em setembro de 2007 o deputado decidiu trocar de partido e filiou-se ao Partido da República (PR), correndo desde então o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. No entanto, em 12 de março de 2009, foi absolvido por unanimidade dos votos, Clodovil deixou o partido alegando ter sido abandonado pela legenda desde a eleição, quando não recebeu material de campanha, e posteriormente, quando não recebeu assessoria jurídica do partido. Devido a isso, os ministros do TSE concordaram que houve perseguição interna, uma das condições que permitem que o parlamentar troque de legenda.


Mesmo com sua vida atribulada e curta, teve tempo para propor, ter aprovação de alguns. Em julho de 2008, apresentou proposta de emenda constitucional pretendendo reduzir o número de deputados de 513 para 250. Em 27 de março de 2009, dez dias depois da sua morte, três de seus projetos foram aprovados na Comissão de Constituição e Justiça: 1) a obrigatoriedade das escolas divulgarem a lista de material escolar 45 dias antes da data final para a matrícula; 2) a criação do Dia da Mãe Adotiva, uma homenagem à sua mãe adotiva Isabel Hernandes, e; 3) a obrigatoriedade da menção dos nomes dos dubladores nos créditos das obras audiovisuais dos quais eles tenham participado.

Clodovil Hernandes morreu em 17 de março de 2009, após ser registrada sua morte cerebral causada por um acidente vascular cerebral (AVC). O velório ocorreu no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e o sepultamento teve lugar no dia seguinte à morte no Cemitério do Morumbi na capital paulista, onde já se encontravam os restos mortais de sua mãe adotiva.


O estilista, apresentador e político Clodovil Hernandes foi homenageado com um memorial em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, onde viveu por décadas. O espaço, com dezenas de objetos e mobílias do luxuoso casarão que ele possuía na região, foi inaugurado em novembro de 2009. Por outro lado, a mansão de Clodovil, com mais de 30 cômodos, e que ostentava uma decoração milionária, está vazia. 'Não tem mais nem um banquinho para sentar se você precisar', lamenta o amigo e fiel escudeiro, João Toledo. Foi dele a ideia de montar o espaço em homenagem ao amigo. O dinheiro, entretanto, saiu do bolso dos empresários Mauricio Abraão e Eugenio Camargo, proprietários da Pousada Cavalo Marinho, que sedia o memorial.

'Os bens de Clô estavam se dizimando', explica Toledo. Ele se refere ao leilão realizado em São Paulo dos objetos do apartamento funcional de Brasília. 'Soube de um bazar que seria realizado aqui em Ubatuba e sugeri aos donos da pousada comprar os objetos que ainda restavam para criar esse espaço', conta. O acervo inclui louças personalizadas com o brasão de Clodovil, uma enorme mesa estilo japonesa, um conjunto de pratos da indonésia, e até taças de cristal presenteadas pelo ator Grande Otelo, entre outras peças. O que também não faltou foram histórias sobre o polêmico e ilustre morador de Ubatuba, o deputado com maior número de votos na história da cidade litorânea. Clô foi entrevistado por Antônio Abujamra em seu programa Provocações, exibido pela TV Cultura em 24 de agosto de 2003, divido awui em duas partes:



Abaixo, a lista de programas de TV apresentados por Clô:

1980 a 1982 | TV Mulher | Rede Globo

1983 | Clodovil | Rede Bandeirantes

1983 a 1985 | Manchete Shopping Show | Rede Manchete

1985 a 1988 | Clô Para Os Íntimos | Rede Manchete

1991 a 1993 | Clodovil Abre O Jogo | Rede Manchete

1993 a 1994 | Clodovil Frente E Verso | CNT

1993 a 1994 | Clodovil Em Noite De Gala | CNT

1995 a 1996 | Retratos | CNT

1998 | Clodovil Soft | Rede Bandeirantes

1999 | Clodovil | Rede Mulher

2001 | Clodovil Frente E Verso | CNT

2001 a 2002 | Mulheres | Rede Gazeta

2002 | Clodovil | Rede Gazeta

2003 a 2005 | A Casa É Sua | RedeTV!

2007 | Por Excelência | TV JB




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11 fevereiro 2013

1001 +: O Discurso Do Rei (The King's Speech)

DIREÇÃO: Tom Hooper;
ANO: 2010;
GÊNEROS: Drama;
NACIONALIDADE: Inglaterra;
IDIOMA: ingles;
ROTEIRO: David Seidler;
BASEADO EM: ideia de David Seidler;
PRINCIPAIS ATORES: Colin Firth (Príncipe Alberto e Duque de York/Rei Jorge VI); Geoffrey Rush (Lionel Logue); Helena Bonham Carter (Elizabeth, Duquesa de York/Rainha Elizabeth); Guy Pearce (David, Príncipe de Gales/Rei Eduardo VIII); Timothy Spall (Winston Churchill); Derek Jacobi (Arcebispo Cosmo Lang); Jennifer Ehle (Myrtle Logue); Michael Gambon (Rei Jorge V); Anthony Andrews (Stanley Baldwin); Eve Best (Wallis Simpson); Freya Wilson (Princesa Elizabeth); Ramona Marquez (Princesa Margarida) e Claire Bloom (Rainha Maria de Teck).




SINOPSE: "O filme conta a história do rei Jorge VI, que contrata Lionel Logue, um fonoaudiólogo, para lhe ajudar a superar a gagueira. Os dois homens tornam-se amigos enquanto trabalham juntos e, depois que seu irmão abdica, o rei confia em Logue para ajudá-lo a fazer um importante discurso no rádio no começo da Segunda Guerra Mundial." (wikipedia)


"Um filme de agradecimento de um plebeu ao seu Rei, afinal, David Seidler, o roteirista do filme, estava ouvindo o 'O Discurso Do Rei', e ao perceber que seu Rei havia se curado de sua gagueira, criou forças para que ele próprio buscasse uma ajuda, então, Seidler foi até a Rainha Eliabezath pedir a permissão para representar a história de seu marido, e teve o aval, com uma condição: que o enredo fosse apresentado após sua morte. Depois dessa curiosidade, voltemos ao filme. A atuação de Colin Firth é pontual como a pontualidade inglesa do chá das 5, conseguiu demonstrar na expressão facial e no olhar a angústia de seu personagem. Oscar merecido, mesmo não tendo assistido a todos os outros concorrentes. Mas a atuação de Geoffrey Rush é ainda melhor, talvez pela sua dicção perfeita, brincadeira (risos). O filme como um todo é ótimo, mas tendo como concorrente 'A Origem (Inception, Christopher Nolan, 2010)' não deveria ter levado o prêmio. Atuações excelentes, enredo bom, fotografia impecável, trilha sonora boa, no geral, não foi o melhor do ano. Mas merecia um Oscar honorário para apenas uma parte do enredo, que poderia ser o todo, a amizade límpida, direta, verdadeira, profunda, emocional e vital de um Rei e de seu súdito, amizades que possibilitam o amigo plebeu sentar no trono do amigo Rei, excepcional esse recorte. Assim como Van Gogh, Mozart ou Pelé, é possível ser um ícone na sua área profissional sem ter um título acadêmico, e esse detalhe também é interessante de ser ressaltado. Não importa, ser plebeu ou Rei, haverão pontos em comum, tanto os bons quantos os ruins, e ter a coragem de trazer um problema mundialmente difundido, e pouco explorado, para a telona, e o levar a ganhar o maior prêmio do cinema, tem seu importante papel social ajudando milhares de gagos a serem homens e mulheres mais fortes e confiantes, como diz Lionel: 'Sim, você tem voz! Você tem muita perseverança Bertie, é o homem mais corajoso que conheço'."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Emocionante, belo, bem produzido, com excelentes atores e roteiro que é, além de bem construído, muito significativo, contando parte de uma história de amizade e superação, uma história real dos bastidores da Realeza. Para o roteiro contamos com David Seidler, e para a direção, com o jovem londrino Tom Hooper. Combinação perfeita nos bastidores, criando esta atmosfera de filme britânico que adoro nestas obras locais, me fazendo lembrar daquele clima da série Harry Potter, a qual muitos dos atores deste filme também fizeram parte. Logo, no elenco contamos com grandes nomes como Michael Gambon (interpretando o Rei Jorge V), Timothy Spall (fantástico ator inglês, interpretando pela segunda vez o personagem histórico Winston Churchill) e Helena Bonham Carter, que interpreta a Duquesa de York/Rainha Elizabeth, com aquele toque cômico que só ela sabe dar, além de ser uma esposa carinhosa e dedicada até as últimas consequências. Aliás, o papel desta mulher é decisivo para todo desenrolar da história – quando até mesmo o rei havia desistido, ela não descansava. E é claro que devo destacar Geoffrey Roy Rush, ator australiano brilhante que neste filme é o terapeuta Lionel Logue, já tendo provado sua capacidade anteriormente como Capitão Hector Barbossa na série 'Piratas do Caribe (Pirates Of The Caribbean)'. Junto a ele vemos Jorge VI do Reino Unido, o nosso rei gago, interpretado por Colin Firth, merecendo o Oscar de melhor ator que ganhou por este papel. Fiz esta introdução falando dos atores, pois tem uma categoria no Screen Actors Guild, prêmio dado pelo sindicato americano de atores, que eu gosto muito, a de 'Melhor Performance De Um Elenco Em Filme', o qual 'O Discurso Do Rei' venceu, mostrando este entrosamento do elenco: tudo nos conformes à moda britânica. Este filme tem diversas curiosidades, como a inserção de diversas falas terem sido retiradas do diário do terapeuta, descoberto poucas semanas antes das filmagens, dando maior realidade à história (e maior trabalho à produção, para refazer algumas falas). A história tem pontos muito significativos, que emocionam o espectador, através do contato terapêutico, desta relação de ajuda que se forma, entre o rei e seu terapeuta que, em muitos momentos é muito parecida com a relação que acontece entre psicólogo e seu paciente. Logue impõe diversas regras ao seu ilustre paciente o fazendo deixar as barreiras de lado e aderir a um tratamento pouco ortodoxo no qual o importante era a confiança. Logo no primeiro encontro dos dois, o rei pergunta: 'Não vai começar o tratamento, Dr. Logue?', no que o 'Dr.' responde: 'Só se estiver interessado em ser tratado'. Logo, passa a responsabilidade questionando o quanto ele deseja esta cura ou se esconde atrás dela. O simbolismo existente se concretiza: o rei precisa de voz e tem voz... precisando se conscientizar disso e ultrapassar as barreiras que o impedem de falar. Neste sentido entram conflitos familiares, questões de hierarquia e toda uma legião de súditos esperando muito de seu representante, talvez mais do que ele acredite poder dar. Logo, o terapeuta-ator, vê e atua em todos os pontos necessários além da mecânica da voz. Há cenas brilhantes no roteiro e destaco uma delas, a mais notável: no discurso de guerra que Jorge faz há Beethoven de fundo e o terapeuta a reger seu paciente, uma cena que fica para a história do cinema mundial pela sua beleza estética e grande carga de sentimento, mostrando dois dramas, sendo um mundial e outro pessoal e familiar! No mais, não que os prêmios sejam tão importantes assim, mas ajudam a conferir aos filmes um lugar na história e, neste sentido, concorrendo com outros grandes filmes, alguns já comentados aqui por nós, venceu 4 Oscars: filme, diretor, ator e roteiro original. Um sucesso!"

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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